Docente prudentino desenvolve pesquisa sobre a influência da imigração japonesa em Prudente

0
576

Os japoneses têm um importante papel na transformação sócio econômico e político em Presidente Prudente e região. Pensando nisso, o docente e pesquisador de história regional José Libório Vilione ingressou em uma busca sobre a imigração japonesa em Pres. Prudente, projeto que resultou em sua dissertação de mestrado. A palestra sobre o tema aconteceu por transmissão ao vivo na página da Sociedade dos Livres Pensadores no último sábado, 25.

Foi através de pesquisas no Museu e Arquivo Histórico Municipal de Pres. Prudente para sua Especialização sobre a Segurança Pública, que Libório encontrou edições do jornal O Imparcial datado em 1945 com relatos sobre o aborto do movimento subversivo das colônias japonesas. Após ler mais sobre o tema, o pesquisador deu início a novas pesquisas em arquivos sobre a vinda desses imigrantes ao Oeste Paulista desde o período do Estado Novo e pós Segunda Guerra Mundial (1913 até 1947).

Em suas buscas, José Libório concluiu que os japoneses chegaram a Prudente, mesmo antes do Coronel José Soares Marcondes e Francisco Goulart, e obtiveram influência no ramo alimentício, farmacêutico, varejo e atacado, esportivo, hoteleiro, de educação e transporte. A primeira colônia na região surgiu em 1916, e em 1918, iniciou a formação de alguns bairros rurais, em Prudente. Em 1933 totalizavam oito bairros japoneses.

Os japoneses também tiveram influência na produção de hortelã e seda animal, permitindo que Prudente ficasse conhecida como a maior produtora mundial durante a Segunda Guerra, como materiais bélicos que serviam para combustível de aviões, resfriamento dos tanques de guerra e confecção de paraquedas.

Em relação ao tratamento das autoridades locais sobre os japoneses, havia um cenário mais ameno em relação a outras regiões, sobretudo com a influência do interventor, Dr. Domingos Leonardo Cerávolo.

No entanto, houve perseguição aos estrangeiros na Era Vargas, intensificada com a declaração de guerra do Brasil ao Eixo, e a perseguição do DEOPS (Departamento de Ordem Política e Social). Além disso, também houve um conflito entre os imigrantes japoneses dentro da colônia que viviam no Brasil e com os brasileiros por causa da produção da hortelã e seda animal, bem como, por divergências se o Japão teria perdido a Segunda Guerra Mundial.

Assessora de Imprensa/ Francinara Nepomuceno