Os brasileiros estão pagando mais caro o café da manhã na grande maioria das capitais, tudo por conta da alta dos ingredientes que compõem aquela que deveria ser a principal refeição do dia. Segundo pesquisa realizada pela Hibou, com 1800 entrevistados digitalmente entre 16 e 75 anos nacionalmente e que fazem ao menos uma refeição fora de casa entre segunda e sexta-feira, comprovou que 35% dos entrevistados concordam que o café da manhã deveria ser uma boa refeição, mas hoje não a consideram ideal.
6 em cada 10 brasileiros tomam café da manhã na rua e neste momento o café puro é a escolha dos entrevistados. Em São Paulo, o café teve uma alta de 14% e o repasse para o consumidor final também chegou, o tradicional cafezinho puro pode variar na capital de R$4,00 a R$ 8,50.
No Rio de Janeiro o leite aumentou 36%, em Vitória no Espírito Santo, o preço do ovo subiu 28% , o queijo 32% e o bolo 29%, segundo dados do IBGE. O tradicional pão de queijo não escapou também, com alta de 24% em Minas Gerais. Fortaleza subiu o preço do pão francês em 17% e Recife a alta da manteiga 29,1%.
Para Fábio Pizzamiglio, diretor da Efficienza, empresa de especializada no comércio exterior, “a alta dos ingredientes que compõem o café da manhã tem uma relação direta com a variação cambial e a elevação dos preços internacionais”. Ele também afirma que isso vai além dos produtos agrícolas e passa pelos fertilizantes e pelo custeio logístico das operações. “Além disso, a escassez de alguns produtos, como o leite e o ovo, em países de fora, tem contribuído para o aumento nos preços em todo o país”, completou.
Em um comparativo realizado em algumas capitais, o preço do tradicional “pão com ovo” e “café com leite” , podem variar em até 70%, como o pão com ovo na capital paulista pode variar de R$ 6,80 á R$12,00 uma diferença de 76,47%. No Rio de Janeiro, o mesmo pão com ovo pode ser encontrado de R$ 6,90 à R$ 16,00, uma diferença de 131%. O preço mínimo encontrado foi de R$ 3,50 e o máximo de R$ 9,80. A segunda maior variação também foi no preço do pão na chapa, 177%. Para esse item, o menor preço identificado foi R$ 3,25 e o máximo R$ 9.
O café expresso, no Rio, teve uma variação de 60%. No local mais barato foi encontrado por R$ 5, enquanto no mais caro, por R$ 8, ou seja, a economia é de R$ 3 por cada café. Já em São Paulo, o expresso teve uma variação de 122%. No local mais barato foi encontrado por R$ 4,50, enquanto no mais caro, por R$ 10, ou seja, a economia é de R$ 5,50 por cada café.
“Precisamos estar atentos aos preços internacionais e como a falta de oferta internacional tem impacto direto no preço dos nossos produtos. Porém, é válido apontar que temos observado uma tendência de queda do dólar, que pode, em médio prazo, diminuir os valores por todo o país. Porém, tudo isso ainda depende da lei da oferta e da demanda. Neste caso, é importante que as famílias fiquem atentas ao impacto da variação dos preços no orçamento das suas casas”, completou Pizzamiglio.
Sobre a Efficienza
A Efficienza é uma empresa fundada em 1996 com o intuito de prestar serviços de assessoria em comércio internacional. A empresa se destaca como solução integral na área de despacho aduaneiro, logística internacional e assessoria em comércio internacional. A empresa é detentora de 4% do market share de Drawback e isenção no Brasil.
Fábio Bouças / Coordenador de Comunicação