Pioneira, mastologista aborda sobre Cuidados Paliativos

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É fato que a ciência tem oferecido um avanço tecnológico para o tratamento de diversas doenças. Por outro lado, ainda existem doenças que a medicina não consegue deter o seu progresso, e é onde entra o cuidado paliativo. Pensando nisso, a mastologista Maria Assunção conversou sobre essa temática no último sábado, 25, na fct Unesp de Prudente, a convite da Sociedade dos Livres Pensadores.

Nascida na Paraíba, a especialista em Mastologista Maria Assunção chegou a Prudente no ano de 1995, onde no mesmo ano foi fundado o grupo Amigas do Peito, em apoio a pacientes com câncer de mama. Atualmente, faz ambulatorial de cuidados paliativos do Hospital de Câncer de Pres. Prudente (HRCPP). “Quando comecei a clinicar, nasceu em mim uma inquietação, pois vi a necessidade de acompanhar o paciente além do diagnóstico e tratamento”, disse.

No ano de 2010, Maria foi diagnosticada com câncer de mama, e por seis meses viveu na prática a árdua realidade da doença. “Eu senti na pele que o paciente não precisa necessariamente só de quimioterapia e cirurgias, ele carece de uma atenção maior. Por isso, em 2016, me aprofundei na especialização em Cuidados Paliativos e apresentei um projeto a uma Cooperativa Médica. Nasceu, então, o serviço pioneiro em todo Brasil”, revelou.

A abordagem dos Cuidados paliativos atende as necessidades globais do ser humano, tais como aspectos físicos, espirituais, psicológicos e sociais para a melhora da qualidade de vida tanto do paciente com alguma doença incurável quanto de seus familiares. Conforme, o princípio é o alívio do sofrimento do indivíduo, vítima de qualquer doença ameaçadora da vida.

Contudo, a morte é natural no ciclo de todo ser vivo, e a medicina paliativa presta assistência à morte de uma forma digna, não a antecipando, nem a adiando, mas dando suporte para uma melhor qualidade de vida. Segundo, o tratamento multiprofissional é feito com uma equipe especializada, com médico, enfermeiro, nutricionista, psicólogo, fisioterapeuta, assistente social e intercessão religiosa (de acordo com a crença do paciente).

A nível nacional, de acordo com Maria Assunção, a especialidade é uma novidade na medicina, e tem como barreira, bons profissionais da saúde e a burocracia administrativa dos hospitais. “É preciso sensibilizar e fazer com que a população também compreenda e exija do profissional. Em Prudente, já temos uma equipe preparada para isso”, finalizou.

Assessora de Imprensa / Francinara Nepomuceno