Estelionatários fingem ser funcionários de banco e policial civil para aplicarem golpe de mais de R$ 10 mil em Pres. Prudente

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Central de Polícia Judiciária (CPJ), em Presidente Prudente — Foto: Valmir Custódio/G1

Vítima foi uma mulher de 64 anos, que entregou cartões e senhas aos golpistas, nesta segunda-feira (13). Delegado faz alerta sobre os cuidados com este tipo de procedimento.

Uma mulher, de 64 anos, foi vítima de estelionato após golpistas se passarem por funcionários de banco e policial civil, em Presidente Prudente (SP). A ocorrência foi registrada nesta segunda-feira (13). O prejuízo da vítima foi de mais de R$ 10 mil.

De acordo com informações do Boletim de Ocorrência, a mulher contou que estava em sua casa quando recebeu uma ligação de uma suposta funcionária bancária, que a informou de que compras haviam sido realizadas em seu cartão na cidade de Salvador (BA).

A vítima, segundo o boletim, foi informada pela suposta funcionária de que teria de entrar em contato com o número telefônico que constava no verso do cartão para solucionar o problema.

A idosa entrou em contato com o número informado do cartão e relatou o que havia ocorrido.

Outro suposto atendente falou que havia compras e saque bancário no cartão da vítima. Ele ainda questionou se ela possuía outros cartões bancários e a mulher informou que sim.

O golpista, de acordo com o boletim, informou que haviam sido feitas compras nos outros cartões também, sendo uma dividida em duas parcelas de R$ 1.950 cada e um agendamento de transferência de R$ 5 mil para outra conta bancária.

O suposto atendente, para solucionar o problema, solicitou que a mulher fizesse uma carta de próprio punho, cujo o conteúdo foi ditado por ele.

Em seguida, pediu que ela assinasse a carta e a entregasse junto aos seus cartões bancários a um policial na Central de Polícia Judiciária (CPJ), informando-lhe o endereço do local. Ele ainda falou que a entrega deveria ser feita até as 19h desta segunda-feira (13).

Após as 18h, devido à forte chuva que atingiu a cidade na tarde desta segunda-feira (13), a vítima, que ainda estava em ligação com o golpista desde as 16h, pois ele orientou-a que não desligasse o telefone, pediu para que o suposto policial fosse até sua residência buscar os cartões, pois não iria conseguir sair.

Cerca de 50 minutos depois, de acordo com o boletim, um homem de estatura mediana, moreno claro, trajando uma blusa de cor cinza clara, com uma bolsa à tira-colo, foi até a portaria do prédio onde a mulher mora, recebeu das mãos da vítima um envelope com os cartões e foi embora em seguida.

Antes da chegada do suposto policial, a vítima teria fornecido as senhas dos cartões ao golpista com quem estava ao telefone.

O atendente, depois que a mulher entregou os cartões, passou um número de protocolo e desligou a ligação.

Após alguns minutos, a vítima começou a receber mensagens em seu celular, que informavam a respeito de compras feitas em seus cartões.

Foram compras nos valores de R$ 3.156,18 e R$ 3.950, além de três saques bancários no valor de R$ 1 mil cada.

A vítima, ao perceber que havia caído em um golpe, solicitou o bloqueio dos cartões.

Ela foi até a Delegacia Participativa da Polícia Civil, onde relatou os fatos. A ocorrência foi registrada como estelionato.

Orientações

O delegado Wagner Negré, que responde interinamente pela Central de Polícia Judiciária, afirmou ao G1 que as investigações para localizar o suspeito que se passou por policial civil já foram iniciadas. As principais buscas são por imagens ao redor do prédio da vítima que o identifiquem.

Negré ainda orientou a respeito do ocorrido:

“É importante frisar que nenhuma instituição financeira, seja ela mercado, banco, loja de departamentos que possui cartões de créditos próprios, não tem nenhum tipo de serviço que encaminhe funcionários às residências”, salientou ao G1.

O delegado ainda pontuou que questões com cartões bancários devem ser resolvidas com os gerentes de bancos, somente dentro das unidades.

“Não se deve, em hipótese alguma, entregar cartões para terceiros. Se recebeu informações de compras ou saques nos cartões, vá até uma agência e confirme primeiro”, finalizou Negré ao G1.

Fonte: G1 Prudente