Leishmaniose – Prefeitura de Epitácio explica implantação do CCZ no município

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Nos últimos meses, muito vem sendo debatido em torno da implantação de um Centro de Controle de Zoonoses – CCZ em Presidente Epitácio.

O CCZ foi implantado no município em cumprimento ao Termo de Ajustamento de Conduta – TAC, firmado pela Administração 2013-2016 junto ao Ministério Público, e devido aos custos de implantação e manutenção do CCZ e a uma clausula presente no TAC, o repasse de verbas para outras entidades protetoras dos animais foi suspenso a partir de 2017, suspensão esta pelo motivada pelo fato da Entidade não ter condições de ter veterinário próprio nem fazer a busca ativa em todos os domicílios do município para detecção da leishmaniose.

Junto com a implantação do CCZ, surgiram diversas dúvidas, as quais a prefeitura busca esclarecer a toda população epitaciana.

Quanto a localização de instalação do CCZ, foi definida de acordo com as regras da Fundação Nacional de Saúde – FUNASA, que exige que o local seja afastado de áreas de mananciais e densamente povoadas, de modo que não incomode os vizinhos, e que a poluição sonora não agite os animais.

O CCZ trabalha em diversas vertentes, desde a conscientização de crianças e adultos sobre a prevenção dos vetores (mosquitos, pernilongos, etc) que transmitem as doenças, dos danos que estas doenças causam à nossa saúde e à saúde dos animais e a práticada posse responsável. Cabe ao CCZ recolher os animais de rua que não possuem donos e zelar por seu bem estar, fornecendo ração, medicação, castração e campanhas de adoção. A Leishmaniose, doença transmitida pelo mosquito palha, que se reproduz em matéria orgânica em decomposição, principalmente se ela estiver em local sombreado, e também em fezes de galinhas e outras aves. É muito importante a limpeza dos quintais, principalmente aqueles que possuem terra e árvores frutíferas, pois quanto menos sujeira houver menos mosquitos terão e consequentemente, menos casos de doenças – e não só a leishmaniose, também toxoplasmose, zika vírus, dengue, leptospirose, raiva dentre outras.

Devido os cães e gatos serem possíveis reservatórios da Leishmaniose, assim como os gambás, os suínos e até os equinos em caso de suspeita, as coletas são feitas para constatar se o animal possui ou não a doença, porém ele enfatiza que nenhum proprietário é obrigado a deixar que seja feita a coleta. Primeiramente é realizada uma coleta para o Teste Rápido, caso o resultado seja positivo, será realizada uma segunda coleta, e então essa coleta é enviada para o Instituto Adolfo Lutz de Presidente Prudente, a coleta é importante porque, se o dono quiser tratar seu animal, ele assim o fará – lembrando que é um tratamento, NÃO EXISTE CURA PARA LEISHMANIOSE – quanto mais cedo começar, melhor será a resposta. “O único tratamento permitido no Brasil, é feito com uma medicação chamada Milteforan e deve ser acompanhada por médico veterinário (em conformidade com a Nota Técnica Conjunta n° 001/2016 MAPA/MS)”.

A transmissão da Leishmaniose para o ser humano ocorre somente através da picada do mosquito palha, mas entre os animais, pesquisam-se a possibilidade de transmissão também pelo coito e pela placenta da mãe para os filhotes. Por isso, ele adianta que o proprietário que o optar por tratar seu animal, deverá providenciar a castração e ainda o uso de coleiras repelentes visando proteger o seu animal.

Quanto a eutanásia dos animais com a Leishmaniose, por lei, os animais doentes quando os proprietários não tem condições de arcar com o tratamento, devem ser sacrificados, porém, nenhum proprietário é obrigado a entregar seu animal para o sacrifício, só sendo realizado com o consentimento assinado pelo dono.

Todos os animais recolhidos pelo CCZ, que tiverem com alguma doença com chance de cura, serão tratados, castrados e colocados para adoção. O CCZ é um órgão público, sendo que qualquer cidadão poderá visitar o local e prestar serviço voluntariado. Solicitamos a colaboração de toda a população, mantendo seus quintais sempre limpos, para erradicarmos essas doenças e fornecermos uma vida digna para os animais.

Seguindo os procedimentos da Defesa Sanitária Animal do Estado de São Paulo, o CCZ vem realizando os procedimentos no município. Em caso do proprietário optar pelo tratamento, o mesmo assinará um documento de comprometimento, onde o CCZ deverá ser comunicado mensalmente sobre o andamento do tratamento do animal. A Leishmaniose não tem cura, e o animal deverá tratado até o fim de sua vida.

Iniciaremos trabalhos de conscientização em escolas e junto com outros órgãos da prefeitura, fazendo trabalho de testagens visando diminuir os casos no município.

INFORMAÇÕES: Secretaria Municipal de Saúde de Presidente Epitácio.

AI PMPE / Priscilla Martins