Na semana do meio ambiente, Apoena inaugura viveiro de produção de mudas nativas

Estruturado em uma área de 2 mil metros quadrados, viveiro tem capacidade para produção de 500 mil mudas de espécies arbóreas da Mata Atlântica

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Em alto estilo, nas margens do rio Paraná, a mais antiga ONG do Oeste paulista, a Apoena, de Presidente Epitácio, inaugurou, na manhã de quinta-feira (4/6), o seu viveiro de produção de mudas nativas. Com capacidade para 500 mil mudas anuais, as mudas são destinadas para plantio próprio e atender o mercado da restauração florestal na Mata Atlântica de Interior, na região.

O viveiro conta com o que existe de mais moderno, sustentável, ecológico com equipamentos semiautomáticos e produtos à base de papéis de propagação degradáveis para paperpot, oriundas de florestas certificadas pela FSC.

De acordo com os ambientalistas da Apoena, a inauguração faz parte das atividades da Semana Internacional do Meio Ambiente, e marcou o início da década da restauração de ecossistemas, programa instituído pela Organização das Nações Unidas, ONU. O evento marca também o início das atividades da Apoena como Unidade Regional – UR do Pacto pela Restauração da Mata Atlântica, o Pacto. “Nesses tempos difíceis de pandemia, é um privilégio e um conforto para nós podermos trazer essas boas notícias”, pondera Djalma Weffort, presidente da entidade.

Estruturado entre germinador, galpão de envasamento, plataforma de encanteiramento, casa de semeadura, irrigação, depósito de insumos, máquina envasadora e outros componentes, o Viveiro possui capacidade para 500 mil mudas. “Queremos estar preparados para os desafios dessa nova década, que vão exigir cada vez mais o envolvimento do governo e sociedade civil, instituições de pesquisa, empresas e proprietários rurais nas ações de restauração para o enfrentamento da crise climática no Planeta”, explica o ambientalista que, nesse ano, tem como meta a produção de 200 mil mudas.

Inúmeras autoridades e lideranças participaram do evento, entre as quais, Cassia Furlan, prefeita de Presidente Epitácio, João Monteiro, representante do deputado Mauro Bragato, Bruno Cesar Vani, diretor acadêmico do Instituto Federal de São Paulo – IFSP, campus de Presidente Epitácio, João Victor Vernaschi Gomes, da Consultoria Gênese Engenharia Ambiental, e Celso Machado, consultor ambiental que tem trabalhado historicamente com a Apoena em projetos de restauração ecológica.

Saiba mais:
Apoena
Criada em 1988, a Apoena tem como objetivo a defesa do meio ambiente na bacia do Alto rio Paraná, a sua principal área de atuação. A associação conta com vários programas e projetos que são desenvolvidos a partir de um escritório no centro do município de Presidente Epitácio (SP) e com uma base de trabalho em reserva legal de assentamentos de reforma agrária, conhecida como Parque Apoena, onde as ações de educação ambiental e a implantação de projetos de recuperação ambiental podem ser demonstrados em campo. A entidade viabilizou o plantio de mais de 1,2 milhões de mudas na reserva, o último dos quais, em 2020, com plantio de 100 mil mudas, decorrente de projeto selecionado em acordo judicial entre o Ministério Público Estadual e a Procuradoria da República, em Presidente Prudente – MPE/MPF e Cesp, operacionalizado pela Caixa, que já estão modificando a paisagem local e trazendo a fauna de volta. A entidade defende a criação do Corredor de Biodiversidade do Alto Paraná que protege a Mata Atlântica e interconecta-se aos remanescentes florestais da Argentina e Paraguai, o chamado corredor trinacional do Mercosul.
Fonte: www.apoena.org.br

Pacto pela Restauração da Mata Atlântica

O Pacto pela Restauração da Mata Atlântica constitui uma iniciativa de caráter coletivo, com duração indeterminada, envolvendo diversos segmentos da sociedade comprometidos com a restauração da Mata Atlântica (organizações e associações diversas, governos, empresas, instituições científicas, proprietários rurais e outros) em consonância com critérios estabelecidos pelo Conselho de Coordenação do “Pacto”.

A adesão ao “Pacto” é formalizada por meio da assinatura de Termo de Adesão, pressupondo a concordância da instituição com o Protocolo do Pacto, incluindo a finalidade, as estratégias e o sistema de gestão propostos. A adesão ao “Pacto” é voluntária, e será formalizada mediante critérios e procedimentos definidos pelo Conselho de Coordenação.
Fonte: www.pacto.org.br

Década da restauração de ecossistemas

O ano de 2021 marca o início da Década da Restauração de Ecossistemas, instituída pela Organização das Nações Unidas (ONU), por meio da Convenção sobre Diversidade Biológica (CDB), com a intenção de intensificar a restauração de ecossistemas degradados, combater a crise climática, melhorar a segurança alimentar e fortalecer a biodiversidade.
Fonte: brasil.un.org