Oeste Paulista deve receber ampliação de 113 leitos clínicos, diz Secretaria de Desenvolvimento Regional do Estado

Anúncio foi feito durante videoconferência entre autoridades estaduais e municipais. Região recebeu R$ 4,5 milhões para serem aplicados na área da saúde.

O Oeste Paulista conta com 645 leitos clínicos e deve receber ampliação para 113, conforme anunciou nesta quinta-feira (2) o secretário de Desenvolvimento Regional Marco Vinholi durante uma videoconferência com municípios da Região Administrativa de Presidente Prudente. A região recebeu R$ 4,5 milhões para serem aplicados na área da saúde.

Autoridades do Estado e prefeitos do Oeste Paulista debateram a situação da região e repasses do Estado direcionados ao combate à Covid-19. A reunião tratou principalmente sobre a verba de R$ 311 milhões anunciados na última semana pelo governador João Doria.

“O Estado tem feito tudo o que pode para ajudar os municípios. Estamos esvaziando o sistema estadual de saúde, melhorando a atenção básica, preparando o RH e criando leitos de UTI. Os leitos de UTI são aqueles que estão prontos e funcionais, infelizmente não existe respirador sobrando no Brasil e no mundo. Segundo levantamento que realizamos, atualmente o estado possui 1.500 leitos de UTI prontos, vamos buscar a solução e ampliar”, explicou o vice-governador Rodrigo Garcia.

Entre os assuntos discutidos, além do repasse de recursos para o combate ao vírus, tratou-se de assistência social, testes para diagnóstico da doença, fortalecimento da rede de saúde, além da flexibilização da quarentena.

Sobre a assistência social durante a pandemia do vírus, uma das preocupações, foi com relação às pessoas e famílias mais vulneráveis.

Nesta semana, foi anunciado pelo Governo do Estado a ampliação do serviço de alimentação nas unidades Bom Prato.

DRS-XI atende 45 municípios da região de Presidente Prudente — Foto: Arquivo/G1

“O Estado vai oferecer em todas as 59 unidades do programa três refeições diárias e abertura aos finais de semana e feriados, que é um reforço de R$ 18 milhões em investimento. Levaremos à preocupação, muitas ações já vem sendo realizadas e vamos procurar atender a todos”, garantiu Vinholi.

Os testes de diagnóstico no Estado foi outro tema abordado. Recebem prioridade casos graves e profissionais da saúde, na ordem as demais demandas. Vinholi ressaltou que o governo tem estudado medidas para normalizar esta questão e ainda tem fortalecido a saúde básica e de média complexidade. Os maiores hospitais ficam responsáveis pelo atendimento de alta complexidade e também os hospitais de campanha. “Atualmente a região de Presidente Prudente conta com 645 leitos clínicos e ampliaremos outros 113”, informou o secretário.

Quarentena
São Paulo decidiu adotar o isolamento horizontal fechando parcialmente alguns estabelecimentos. A quarentena do estado deve durar até o próximo dia 07 abril. Somente serviços essenciais devem permanecer abertos, como alimentação, abastecimento e saúde. Os municípios têm passado a orientação do Estado, a população entende a importância, mas alguns comerciantes e pequenos negócios acenam retomar as atividades.

“Não adianta flexibilizar a quarentena com número crescente de mortes e casos. Nós não vamos acabar com a pandemia em 15 ou 30 dias, temos um longo período de superação. O mundo inteiro tem avançado no isolamento social e vamos continuar fazendo aquilo que é mais responsável”, afirmou o Secretário Marco Vinholi.

Ainda foi colocado que “há um trabalho para atender as necessidades dos 645 municípios, além do trabalho técnico e científico”. “No entanto, o isolamento ainda é a melhor medida para evitar a infecção em curto espaço de tempo e grande número de pessoas”, finalizou o secretário-executivo, Rubens Cury, que também é médico cardiologista e tem coordenado a captação de leitos na SDR.

Combate à Covid-19 e repasse de R$ 311 milhões
A Resolução SS – 41, de 27.03.2020, publicada no último sábado (28), estabelece a transferência do Fundo Estadual de Saúde para os Fundos Municipais (Fundo a Fundo).

As 55 cidades com população entre 100 mil e 300 mil pessoas receberão R$ 8 por habitante, ou duas vezes o piso do Sistema Único de Saúde (SUS).

Nas 16 cidades com população entre 300 mil e 500 mil pessoas, o valor de referência sobe para R$ 10 por habitante e nas nove cidades paulistas com mais de 500 mil habitantes, o valor de referência sobe para R$ 12 por pessoa. Para municípios com menos de 100 mil habitantes o piso de atenção básica do SUS é de R$ 4 por habitante.

A orientação da Secretaria de Saúde para os municípios até 300 mil é a criação do centro de referência do combate ao coronavírus, com o primeiro atendimento, consulta e testes, sem a previsão de leitos.

Para municípios maiores a orientação é a criação de hospitais de campanha, com leitos. As cidades têm autonomia para a utilização do recurso, porém devem apresentar planos de trabalho.

O Estado entende que cada região conhece melhor as suas dificuldades e peculiaridades, por isso a flexibilização.

“O Estado tem o papel de orientar os prefeitos, porém cada município conhece melhor a sua realidade regional e pode utilizar a melhor maneira para o combate à Covid-19”, explicou Vinholi.

Os repasses proporcionais foram repassados na última segunda-feira (30).

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