Grupo ocupa fazenda em Teodoro Sampaio e reivindica desapropriação ao Incra para assentamento rural

Cerca de 200 famílias estão alojadas na propriedade, segundo a União Nacional Camponesa (UNC). Arrendatária já entrou com pedido de reintegração de posse à Justiça.

Um grupo, ligado à União Nacional Camponesa (UNC), completou nesta terça-feira (24) quatro dias de ocupação da Fazenda Timburi, localizada no km 28 da Rodovia Arlindo Béttio (SP-613), em Teodoro Sampaio (SP).

Segundo informações do pedreiro Jefferson Thiago de Oliveira, de 28 anos, que é um dos membros da UNC, o grupo está na propriedade rural desde o último sábado (21) e reivindica a desapropriação da área pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) para fins de reforma agrária.

O pedreiro disse ao G1 que, aproximadamente, 200 famílias estão alojadas no local. De acordo com ele, um dos objetivos é realizar uma ação pacífica na área, que tem 1.210 hectares.

“Caso entremos em acordo, pretendemos dividir a terra entre as famílias que estão aqui e fazer um assentamento”, disse Oliveira ao G1.

Ainda de acordo com Oliveira, o grupo pretende permanecer na propriedade por tempo indeterminado, até que alguma posição seja tomada.

O delegado João Paulo Tardin informou ao G1 que o caso foi registrado na Delegacia da Polícia Civil, em Teodoro Sampaio, como esbulho possessório. Ainda de acordo com a autoridade policial, cerca de 30 veículos , além de um caminhão, estão estacionados na propriedade.

“Não houve relatos de violência ou ameaças. Ocorreu apenas o rompimento do cadeado da porteira de acesso”, disse o delegado ao G1.

O advogado João Braz Seraceni, que ajuizou no Fórum de Teodoro Sampaio o pedido de reintegração de posse da área, em nome da pecuarista Fernanda Ferigatto Vardasca, arrendatária da fazenda, informou ao G1, na tarde desta terça-feira (24), que não vai se posicionar sobre o assunto.

Grupo ligado à UNC continua na propriedade nesta terça-feira (24) (Foto: Jefferson Thiago de Oliveira/Cedida)

“Vamos aguardar a decisão judicial, não iremos nos manifestar”, disse o advogado ao G1.

Segundo consta na ação de reintegração de posse, a arrendatária utiliza a fazenda para a criação de 1.817 cabeças de gado bovino.

O G1 solicitou nesta terça-feira (24) um posicionamento oficial do Incra sobre o assunto e a Assessoria de Comunicação Social do órgão federal, em São Paulo (SP), lamentou que ainda não conseguiu informações sobre a área.

A assessoria ponderou que, assim que tiver dados sobre o imóvel ou sobre a situação, enviará um posicionamento ao G1 “provavelmente” nesta quarta-feira (25).

FONTE: G1 PRUDENTE

 

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