Produtores rurais do Assentamento Nova Conquista, em Rancharia, encontraram uma boa forma de produzir em alta escala, gerar renda para a família e utilizar pequenos espaços do lote. É o cultivo em estufas, uma nova tendência que têm sido muito bem aproveitada pelos agricultores da região.
Apenas nessa região, são 52 estufas com diversas culturas. A utilização desse tipo de cultivo, por parte dos agricultores, em ambientes protegidos, pode evitar vários tipos de problemas, pois impede que as plantas fiquem suscetíveis às intempéries, pragas e doenças, por meio do controle da umidade relativa do ar e da temperatura.
“A sua utilização é cada vez maior e evita os danos causados por temporais, geadas, nevadas, granizo, frio extremo, ou seja, más condições ambientais”, aponta o diretor executivo da Fundação Itesp, Claudemir Peres.
Um dos sítios visitados pelo Itesp foi o lote 67, do senhor Antônio Lopes de Oliveira. Ele trabalha com duas estufas, sendo uma de tomate pai pai e outra de pepino.
“Os agricultores da região se especializaram em cultivar tomates, pepinos e hortaliças em estufas e o resultado está sendo significativo. Ficamos felizes em ver que o trabalho aliado com essa nova tecnologia gera um bom resultado”, comenta Peres.
Apenas de tomate, o produtor entregou 120 caixas de 25 quilos para o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), nos últimos dois meses, com o preço de R$ 6,69 o quilo.
Durante a colheita de aproximadamente quatro meses, ele deve vender 400 caixas de tomate.
Pioneiros
Rosilene Pereira dos Santos Santana, do lote 54, e seu pai João Pereira dos Santos, do lote 51, são pioneiros na utilização de estufas no assentamento.
Começaram há 15 anos e hoje colhem os bons resultados no cultivo de hortaliças, pepinos e tomates. Na colheita de pepino, foram entregues 150 caixas de 25 quilos nos últimos dois meses; e de tomate, entregam 30 caixas por semana.
“Hoje é um trabalho rentável e minha família vive desse cultivo no campo. Faço tudo isso com muito amor. Na estufa é um trabalho diferenciado por ser um ambiente protegido. Conseguimos bons resultados em espaços menores e não temos tanto trabalho com pragas e más condições do tempo”, fala Rosilene.