Integrantes da União Nacional Camponesa (UNC) permanecem na área e reivindicam a instalação de assentamento na propriedade rural, que tem 1.210 hectares.
O Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) informou ao G1 que a Fazenda Timbiri, em Teodoro Sampaio, não é alvo de processo de desapropriação formalizado junto ao órgão federal.
A propriedade rural foi invadida no último sábado (21), por integrantes da União Nacional Camponesa (UNC), que reivindicam a desapropriação para a instalação de um assentamento destinado às famílias de camponeses no local.
“Informamos que não há processo de desapropriação formalizado no Incra/SP em relação ao imóvel rural mencionado. Neste momento, o que pode ser realizado pelo Incra/SP é o estudo inicial para a correta identificação do imóvel – se é propriedade particular ou não, situação cadastral etc. Dependendo desta análise preliminar, avaliaremos a possibilidade de abertura de processo para sua destinação para a reforma agrária”, salientou o órgão federal ao G1.
“Lembramos que a obtenção de imóveis para o assentamento de famílias envolve procedimentos bastante complexos, com fases administrativas e técnicas que exigem recursos humanos e orçamentários nem sempre disponíveis para todas as áreas reivindicadas”, apontou o Incra em nota encaminhada ao G1.
O advogado João Braz Seraceni, que ajuizou no Fórum de Teodoro Sampaio o pedido de reintegração de posse da área, em nome da pecuarista Fernanda Ferigatto Vardasca, arrendatária da fazenda, informou ao G1 que não vai se posicionar sobre o assunto.
“Vamos aguardar a decisão judicial, não iremos nos manifestar”, disse o advogado ao G1.
Segundo consta na ação de reintegração de posse, a arrendatária utiliza a fazenda para a criação de 1.817 cabeças de gado bovino.
A Polícia Civil salientou ao G1 nesta sexta-feira (27) que o grupo ligado à UNC permanece na área, que tem 1.210 hectares, e que ainda não há informações quanto ao pedido de reintegração de posse, que segue sob análise da Justiça.