O Ministério de Antiguidades do Egito anunciou hoje (19) que no sarcófago encontrado em um bairro de Alexandria, no norte do país, há três esqueletos que provavelmente pertencem a oficiais militares ou guerreiros, o que acaba com as especulações de que poderia se tratar dos restos mortais de Alexandre, o Grande.

Em comunicado, o secretário-geral do Conselho Supremo de Antiguidades e chefe da missão egípcia, Mustafa Waziri, indicou que o sarcófago de rocha negra, encontrado durante uma inspeção em uma escavação realizada em um terreno particular no bairro de Sidi Gaber, estava cheio de águas residuais.

Um especialista no estudo de múmias e esqueletos, Shaaban Abdelmoneim, citado pelo ministério, indicou que o primeiro exame dos ossos revelou que eles provavelmente eram de “três oficiais militares ou guerreiros”.

Um dos crânios apresenta um ferimento por uma flecha, assinalou o especialista, sem oferecer mais detalhes.

Os três esqueletos foram transferidos aos armazéns do Museu Nacional de Alexandria para serem analisados, afirmou o ministério na nota.

O interior do sarcófago foi alvo de polêmica desde que foi descoberto há três semanas, já que o ministério indicou que o achado datava da época ptolemaica, que consiste no século 3 a.C.

O período greco-romano dos ptolomeus começou no Egito com a conquista do país por Alexandre Magno, no ano de 332 a.C. (antes de Cristo), e finalizou com a tomada de Alexandria pelos romanos, 30 anos antes de Cristo, quando o país era governado pela rainha Cleópatra VII.

Nos últimos dias, vários veículos de imprensa estrangeiros, citando especialistas egípcios, tinham assegurado que no interior do sarcófago poderia estar a múmia de “um líder do primeiro escalão”, o que alimentou os rumores nas redes sociais de que poderia se tratar do próprio Alexandre, o Grande.

AGENCIA BRASIL