Um mutirão realizado na última sexta-feira (19) atendeu 200 pacientes para a realização do exame de próstata. Os agendamentos das consultas foram feitos através do encaminhamento dos exames realizados no mutirão do “Novembro Azul” do ano passado, 1000 exames de PSA (Antígeno Prostático Específico). O Laboratório Marlene Spir (LMS), realizou a coleta dos resultados e encaminhou para o Hospital Regional do Câncer de Presidente Prudente.

A ação iniciou às sete da manhã da sexta-feira e atendeu, até as 17h, 200 pacientes, que passaram pelos urologistas que já atuam no ambulatório de urologia do HRCPP: Felipe de Almeida e Paula, Matheus Rodrigues e Ravízio Israel dos Santos.

Um desses pacientes foi o aposentado Sebastião Ventura (81), que já havia realizado um tratamento contra o câncer de estômago no HRCPP. Em agosto de 2017, Sebastião tocou o “Sino da Esperança”, uma das ações humanitárias da instituição, que permite ao paciente tocar um sino, fixado na sala de espera do Centro de Radioterapia, para comemorar o término do seu ciclo de tratamento.

O filho do paciente, o agente penitenciário aposentado, Jurandir da Rocha (54), ressaltou a importância de se cuidar da saúde. Acompanhando o pai, ele afirmou cuidar da saúde o máximo possível. “É importante que o homem esteja consciente da necessidade de realizar esses exames. Meu pai enfrenta um câncer no estômago e nós sabemos o quanto a prevenção é importante”, conta.

Segundo dados do INCA (Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva), no Brasil, o câncer de próstata é o segundo mais comum entre os homens. O diagnóstico antecipado da doença contribui para que futuras complicações sejam evitadas, por isso a importância da prevenção e realização dos exames, já que o estágio inicial da doença quase não apresenta sintomas.

O urologista Felipe de Almeida e Paula afirmou que mais uma vez a campanha foi um sucesso. “Esperamos conseguir dar vazão a toda solicitação encaminhada para o hospital nos próximos meses. A previsão é alcançar cerca de 1000 atendimentos nos próximos meses”. Além disso, ressaltou que o ambulatório é aberto para o atendimento e tem alcançado números expressivos na prevenção do câncer de próstata.

O aposentado Adelci José da Silva (67), de Presidente Prudente, reconhece a importância da prevenção. Desde os 50 anos de idade ele realiza acompanhamento através das Unidades Básicas de Saúde (UBS). “O meu pai morreu de câncer de próstata porque ele tinha preconceito com o exame. Quando ele foi fazer o PSA, já estava muito alterado, espalhado pelos ossos. Esse é um dos motivos de eu me cuidar: não repetir o erro do meu pai”.

O prudentino e operador de empilhadeira, José Pedro dos Santos (45), também possui histório familiar. Por isso, realizou o exame pela primeira vez aos 44 anos de idade. “Meu pai foi pego pelo preconceito. Não realizada o exame por achar que isso interferia na sua masculinidade. Acabou tendo a sorte de não descobrir em um estágio muito avançado da doença. Então, eu me cuido por ele e pelos meus filhos”.
O exame de próstata é indicado para homens a partir dos 45 anos de idade, exceto para aqueles que possuem histórico familiar da doença, que devem realizar o exame uma vez ao ano, a partir dos 40 anos.
AI