Em combate à leishmaniose, a Prefeitura de Bataguassu, através da Secretaria Municipal de Saúde está disponibilizando todas as terças-feiras, no período da manhã, testes rápidos caninos.
De acordo com a coordenadora municipal de Saúde, Paula Romão Dias, os profissionais do setor de Vigilância em Saúde e Vigilância Sanitária atendem de forma gratuita a população no estacionamento da Secretaria localizada na Avenida Porto XV de Novembro, das 8 às 11 horas (horário de Brasília).
O teste consiste em coletar amostras de sangue dos cães. Se positivo, um novo teste é realizado para confirmação da doença.
Segundo Paula, a mobilização visa combater novos casos da doença no município, que este ano, teve uma morte em humano registrada e já possui mais de 60% da população canina diagnosticada positivamente com a doença.
A coordenadora comenta que devido ao agravo, a equipe da Secretaria Municipal de Saúde, através dos setores de Vigilância em Saúde e Vigilância Sanitária está promovendo um trabalho em áreas endêmicas, com a apreensão de galinhas, manejo ambiental, bloqueio de áreas com focos do mosquito, por meio de inseticidas, e outras rotinas de responsabilidade dos setores.
A expectativa, segundo ela, é que após esse trabalho emergencial, novos dias e horários para a realização de testes rápidos sejam oferecidos a população.
LEISHMANIOSE
A leishmaniose visceral é uma doença causada por um protozoário, com transmissão via mosquito que vive em ambientes escuros, úmidos e com acúmulo de lixo.
Em ambientes urbanos, os cães fazem papel de reservatório da doença, que pode ser transmitida para humanos. Entre os sintomas estão febre de longa duração, fraqueza, emagrecimento e palidez. Além disso, a leishmaniose visceral também pode afetar o fígado, o baço e a medula óssea.
Para humanos, a leishmaniose tem cura. Já em cães contaminados é recomendada a eutanásia como uma das medidas de controle para a transmissão da doença.
Este ano, Bataguassu registrou até o mês de agosto, mais de 12 casos de leishmaniose humana.
PREVENÇÃO
Entre as orientações para a prevenção da leishmaniose, a recomendação é realizar o descarte correto de materiais orgânicos, já que o mosquito transmissor da doença se reproduz em áreas de criadouros de animais (galinheiros, chiqueiros) e em meio a materiais orgânicos em decomposição, como restos de comida, fezes, grama ou poda de árvores deixados em lugares úmidos e sombreados.
O Código de Postura do município (Lei Municipal nº 204/2017, de 10 de março de 2017) prevê a proibição da criação ou engorda de suínos, eqüídeos, bovinos, bubalinos entre outros animais no perímetro urbano, com a justificativa de que os locais são ambientes favoráveis para reprodução do mosquito transmissor da leishmaniose.
Dentro do processo, os proprietários de animais também são orientados a adquirir as coleiras antileishmaniose, que tem a função de espantar e matar o mosquito-palha, vetor da doença.