Saúde intensifica combate à leishmaniose após registro de morte

A Prefeitura de Bataguassu, através da Secretaria Municipal de Saúde orienta a população sobre registros de casos de leishmaniose visceral humana no município. Neste mês de agosto, um jovem de 20 anos veio a óbito por complicações relacionadas à doença.

Segundo a titular da pasta, Maria Angélica Benetasso, mesmo com as ações de monitoramento desenvolvidas pelo município no decorrer dos últimos meses, com objetivo de controlar e combater a incidência da leishmaniose, já foram confirmados mais de 14 casos da doença em humanos este ano.

O paciente que veio a óbito, de acordo com a secretária, era residente do bairro Jardim Irmãos Sollito e desde a notificação do caso, foram desenvolvidos bloqueios de casa a casa em um raio de nove quarteirões, procedimento padrão desenvolvido pelo órgão de saúde.

Foram vistoriadas ainda residências e registrados locais com galinheiros, árvores grandes e folhagens em quintais, locais propícios para a proliferação do vetor (lutzomyia longipalpis) popular mosquito-palha, transmissor da leishmaniose.
Com a intenção de prevenir possíveis novos registros da doença, testes rápidos gratuitos foram desenvolvidos esta semana na Secretaria Municipal de Saúde e novas campanhas serão desenvolvidas pelos próximos dias no município sobre o tema.
Através do apoio do Corpo de Bombeiros e Defesa Civil de Bataguassu, podas de árvores frutíferas também estão sendo realizadas, com objetivo de minimizar áreas com frutas e folhas em decomposição, que atraem os insetos que passam a se proliferar nos locais.

TRANSMISSÃO
Maria Angélica explica que a transmissão da doença ocorre pela picada do mosquito, que se contamina com o sangue de pessoas e animais doentes; e transmite o parasita a pessoas e animais sadios. “A principal forma de prevenção é evitar o contato com o mosquito transmissor”, cita a titular da pasta.

Entre as orientações, recomenda-se realizar o descarte correto de materiais orgânicos, já que o mosquito transmissor da doença se reproduz em áreas de criadouros de animais e em meio a materiais orgânicos em decomposição, como restos de comida, fezes, grama ou poda de árvores deixados em lugares úmidos e sombreados.
Utilizar repelente na pele, usar mosquiteiros para dormir, usar telas protetoras em janelas e portas; e eliminar cães com diagnóstico positivo para leishmaniose visceral para evitar o aparecimento de casos humanos também são medidas preventivas.

SINTOMAS
A respeito dos sintomas da doença, a Secretaria Municipal de Saúde orienta que pessoas com febre intermitente com semanas de duração, fraqueza, perda de apetite, emagrecimento, anemia, palidez, aumento do baço e do fígado, comprometimento da medula óssea, problemas respiratórios, diarréia, sangramentos na boca e nos intestinos, devem procurar imediatamente atendimento médico, que é oferecido de forma gratuita pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Em animais, os sintomas são emagrecimento, enfraquecimento dos pelos, apatia, descamação ao redor dos olhos, focinho e ponta das orelhas; crescimento exagerado das unhas, conjuntivite ou outros distúrbios oculares; aumento de volume na região abdominal, diarreia, hemorragia intestinal e inanição.

Para os proprietários de animais com essas características, o setor de Vigilância em Saúde oferece testes rápidos gratuitos para detecção da doença. Mais informações na Secretaria Municipal de Saúde localizada na Avenida Porto XV de Novembro, 775.

AI PREFEITURA BATAGUASSU

FOTO MICAEL NUNES
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